16 de abril de 2012

O PALESTRANTE CARISMÁTICO

O orador é apresentado. Faz um silêncio inicial para olhar todo o público com tranqüilidade e só começa seu discurso quando sente que a atenção do público está centrada em sua pessoa. Esta é uma boa forma de iniciar. As primeiras palavras devem ser fortes e objetivas, procurando cativar o público. Nunca peça desculpas por estar conduzindo a palestra, isso é o mesmo que tirar sua qualificação para o evento. Palavras como: "Não sei porque fui chamado..." "Não tive tempo de preparar a palestra..." "Não tenho um conhecimento profundo do tema..." "Não sei se vou conseguir passar minha mensagem..." Diminuem o carisma do orador e o interesse da platéia.


DICAS DE ORATÓRIA

Alguns elementos fazem perder o carisma do orador, por exemplo, evite caminhar no palco de forma rápida e excessiva, o que denota nervosismo, tampouco fique muito rígido. Não respire de forma ruidosa, a lenta deve ser profunda, mas silenciosa. Nunca olhe assustado, nem desvie o olhar para o teto ou para chão, não ficar com as mãos na cintura, como desafiando o público nem brincar com anéis, relógios e outros objetos.


O orador carismático se apresenta como amigo do público. É espontâneo, porque o público gosta de naturalidade e rejeita a falsidade e o fingimento. Procura o equilíbrio entre o gesto e fala. Suas palavras são reafirmadas com sua gesticulação. Mas o importante é criar um estilo pessoal. O estilo deve estar de acordo com a personalidade: formal ou informal? Humorístico ou sério? Direto ou metafórico? Simples ou erudito?


Orientação Francisco C. Zemek, presidente do Centro Filosófico "Delfos"
Publicado no suplemento Viver Bem da Gazeta do Povo - 21 de Março de 1999.

6 de abril de 2012

O DISCURSO E O DEBATE

Existem em oratória duas técnicas bem diferenciadas de apresentação em público: o discurso exige coerência nas idéias, mas também uso adequado da voz e da gesticulação, que constituem o instrumental do orador. Voz e gestos são os códigos audíveis e visíveis que se oferecem ao ouvinte. Por intermédio desses códigos e de suas milhares de combinações possíveis o orador deve exprimir suas idéias, suas emoções, seus ideais e seus sentimentos. Grande parte da influência do discurso está na capacidade do orador em contagiar suas emoções e entusiasmar o público.
A gesticulação ajuda a dar idéia do tamanho do peixe que pescamos ou a descrever a curva duma trajetória da bola num jogo esportivo. Dessa maneira dá vida às situações a que se está fazendo referência.
PALESTRA E DISCUSSÃO

Já a técnica de debate consiste em uma discussão onde são apresentados critérios diferentes. Cada um quer fazer prevalecer sua opinião, destacar seu ponto de vista. O debate exige que os participantes tenham raciocínio rápido e muito autocontrole. É necessário evitar que a discussão seja levada a nível pessoal, são as idéias que devem ser desenvolvidas e refutadas.
Por exemplo, numa mesa redonda as reuniões podem ser orientadas para tarefas onde a autoridade adquire importância mínima e é prestigiado ao máximo o sentido participativo. As mesas-redondas são forma de comunicação circulares para que todos possam ser dirigidas em muitos sentidos, estimulando o franco intercâmbio de opiniões. Assim podemos ver que em cada situação devemos nos preparar de uma maneira diferente. A palestra é linear enquanto o debate é participativo. Conhecer as diferentes técnicas ajudará ao orador a expor e defender suas idéias com êxito em situações diferentes.
Orientação de Francisco C. Zemek comunicador e professor de PNL, presidente do Centro Filosófico "Delfos". Publicado no suplemento Viver Bem da Gazeta do Povo - 27 Dezembro de 1998.

3 de abril de 2012

ENTUSIASMO DA ORATÓRIA

Será que devo aprimorar a técnica para entusiasmar o público, ou é a minha emoção o que motiva as pessoas a escutar o que se tem a dizer? Bem, os recursos idiomáticos, os conhecimentos gerais, bem como constantes leituras ajudam, e muito, àquele que necessite de se expressar em público. Porém o que muitas vezes passa por alto é que, na verdade, o entusiasmo do tema a se falar pode ser muito mais eloqüente do que meras técnicas retóricas.
A oratória é uma matéria apta para todo ser humano saudável que saiba e possa falar. O treino que se requer é para superar o temor e a inibição de se expor em público. A oratória é para todos, uma vez que saiba ganhar coragem, confiança e segurança. Técnicas de dinâmicas de grupo para quebrar o gelo do relacionamento social, além de observação de outros oradores mostram o caminho.
Coragem para romper as barreiras da timidez é o requisito essencial, equilíbrio e bom senso o complemento ideal. Por último um treino constante, bem como técnicas de programação mental ajudam a superar a inibição. Então o entusiasmo deve ser cultivado para que as palavras adquiram brilho, cor e tonalidade. O orador interno despertará, conseguindo transmitir além das palavras o calor do fato. A peça de oratória será um êxito para todos.
Orientação de Francisco C. Zemek, professor de neurolingüística e presidente do Centro Filosófico Delfos.
Publicado no Suplemento Viver Bem - Gazeta do Povo - 02 Julho de 2000