19 de março de 2012

A ARTE DE LIDERAR

Liderar é se comunicar. E a melhor ferramenta de comunicação ainda continua sendo a palavra. A palavra falada, apoiada com gesticulação, inflexão da voz e atitude segura. Ainda o poder da palavra adquire força e valor quando o discurso é estruturado corretamente, dentro das regras da oratória e de acordo ao objetivo a ser atingido.
Porém entender a arte da liderança pode deixar perplexos mesmo os cientista sociais, já que liderança é um conceito escorregadio e ilusório. As tentativas de descrição de líderes de sucesso geralmente soam mais como anuário de escola do segundo grau do que como pesquisa séria. Os líderes possuem, conforme essas descrições, "forte desejo de responsabilidade", "persistência no objetivo", "autoconfiança", e assim por diante. Inclusive um estudo chegou mesmo a relatar que os líderes bem-sucedidos bebem muito café!?.



Tal observação pode nos levar à conclusão de que nada disso leva muito longe.
Porém se observarmos o mundo clássico, de filósofos, oradores e civilizações marcantes, vamos perceber que liderar é muito mais do que fórmulas, técnicas, cálculos e computadores podem definir. Acontece que a arte de liderar é a arte de ser "integral" a "arte de ser humano". Técnicas são necessárias, conhecimento também. Mas não interessa o nome de cada navio no porto, se não pode perceber a tempestade que os vai afundar. Visão de totalidade sobre o mundo, requer visão de totalidade de si mesmo antes de tudo.



O PODER DA PALAVRA


Para falar a grandes públicos é preciso força e energia, porém na comunicação "interpessoal" deve-se cuidar para não querer aplicar técnicas de grande auditório, já que a grandiloqüência do discurso a um numeroso grupo de pessoas pode resultar exagerada e fora de lugar para com uma ou poucas pessoas. Aqui a palavra também é importante, porém observando técnicas de PNL (programação neurolingüística), onde as características das modalidades (visual, auditiva ou cinestésicas) dos presentes, devem ser consideradas. Para pessoas atentas a estética, incentivar à importância da estética ou aspecto visual. Já para os cinestésicos o interesse recai sobre a "funcionalidade" do que é solicitado ou explicado. Enquanto que para o auditivo a escolha das palavras corretas, das inflexões da voz ou o interesse pelo silêncio ou som procurados devem estar sempre presentes.



DINÂMICAS DE GRUPO


Inclusive apoiar as palavras com estudos e técnicas de dinâmicas de grupo, a fim de criar uma liderança situacional, ou seja, própria para "esse" lugar e para "essas" pessoas. Reuniões com brincadeiras, esportes ou jogos podem ajudar muito nas técnicas de liderança. Quando tais recreações são direcionadas por especialistas são aplicadas "dinâmicas de grupo", técnicas para quebrar o gelo entre pessoas de diferentes idades ou sexo. Dinâmicas para se conhecerem e simpatizarem indivíduos de setores diversos e até oponentes. Mas sempre a palavra e as relações interpessoais estão presentes em tais dinâmicas, voltando ao ponto inicial, a arte de ser humano, de ser si-mesmo é a arte de liderar!.



Orientação: Francisco C. Zemek, professor de Neurolingüística e Liderança, bem como presidente do Centro Filosófico "Delfos"Publicado no Suplemento Viver Bem da Gazeta do Povo - 21 Junho 1998

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